sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Diário do EU Saulo #010

04 de Setembro de 2015.

Bom dia/tarde/noite, tudo bem com vocês.


Eu já escrevi alguns textos que com certeza irão se assemelhar com o que direi aqui, que irá parecer uma repetição. Mas é algo que estou vivendo, sentindo e gostaria de deixar escrito, pois para mim serve como uma terapia onde posso descarregar e dissolver tudo aqui que me incomoda, que altera minhas emoções seja de forma positiva ou negativa.

Eu passei por uma situação que me fez mudar, mas não para o que querem que eu seja, nem para o que eu deva ser... mas para o que eu posso ser, dentro das minhas possibilidades do que eu sou realmente, da minha natureza - natureza essa que é imutável mas pode ser moldada e condicionada a pelo menos se parecer com algo diferente. E é isso que estou fazendo e me policiando, me moldando. 

O meu grande entrave é o medo de não ser reconhecido, ninguém decide mudar de forma drástica ou bem próximo a isso por si, ou por mudar. É sempre por alguém ou para alguém, e isso só funciona se houver reciprocidade, recentemente eu disse no facebook que a palavra de ordem para uma boa vida é a reciprocidade, e mantenho isso. A vida tem que ser sempre uma via de mão dupla. Há momentos de ceder ao próximo, há momento de nos mantermos firmes em nossas convicções e claro há momentos em que os envolvidos mudam, cedem para manter o mínimo de respeito e condições para um bom convívio. Com o tempo a gente sempre aprende algo sobre nós, sobre a vida, sobre sociedade. E uma coisa que eu aprendi é que não espere muito de ninguém - espere sempre o básico o minimo o que for a mais será lucro. E faça por querer, quando se espera reconhecimento, retorno as chances de decepção são imensas quase certezas. Quando se exige algo deve-se de igual forma dar algo de igual valor ou maior. Eu realmente acreditei que mudando, que melhorando e moldado o meu jeito de ser haveria algum tipo de retorno, recompensa sei lá como descrever, e foi o meu erro! E se colocar numa posição de ser/está errado faz com quê você nunca possa exigir nada, como se a obrigação de mudança e melhora seja sempre sua.

Eu vou tentar definir reciprocidade para que haja um maior entendimento do texto e da mensagem que pretendo passar, de uma forma bem sucinta reciprocidade parte da ideia de mutualidade, dar e receber. Não há como você projetar uma mudança de vida, de forma de ser - não como você moldar a sua natureza sem que haja reciprocidade da pessoa que é a causa dessa mudança.

Há uma complicação extremamente particular que é o fator sentimental e emocional. Quanto mais forte mais fácil de se lidar e de haver essa mudança e consequentemente a reciprocidade entre os envolvidos no que precisa ser mutuo, ou seja, no que se dá e no que se recebe. Em contra-partida estão os que são fracos emocionalmente (meu caso) que necessitam de uma atenção maior, de um cuidado digamos diferenciado. Esses fracos emocionais tendem a serem depressivos, terem baixa autoestima e serem auto-piedosos. Muitas vezes são confundidos e taxados de manhosos, de querer ser os coitadinhos e não é bem por ai, lá no fundo ele realmente se deprecia, se martiriza e se flagela.

Para ambos os casos, ou seja, os que mudam (ou tentam mudar, se  moldar) para os que são a razão dessas mudanças, dessas tentativas e não houver uma entrega, se não houver confiança, respeito e verdade nas palavras, nos sentimentos será puramente uma perca de tempo. Avaliem bem se vale a pena, se compensa e se entrega, se joga de alma mesmo - se não for daquela vez, simplesmente não foi, mas foi intenso - foi extremo enquanto pode. Lembrem-se mutualidade, dar e receber essa é a lei, essa é a receita.

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