domingo, 8 de fevereiro de 2015

Depressão, tristeza, dor - Vamos mudar isso?

07 de Fevereiro de 2015.

Bom dia/tarde/noite, tudo bem co vocês?


Hoje irei falar sobre pressão, o que é, causas, tratamentos, e formas de se lidar e quem sabe superar. Vou iniciar falando o que eu acho, dando minha opinião, minha visão e o porque de ter escolhido essa doença como assunto para meu texto. Então o que é a depressão: vejo como um distúrbio afetivo onde temos tristeza, pessimismo, baixa autoestima, lógico que num determinado momento esse distúrbio torna-se crônico e uma doença extremamente perigosa, não que no inicio não seja. Mas há formas de contorna-la e minimizar o seu desenvolvimento e seus sintomas.

A depressão é uma doença ainda incompreendida, é tida como frescura, como safadeza e por experiencia própria digo que não tem nada disso e garanto que quem é ou está depressivo não gosta nenhum pouco de ser/estar. Não é uma doença agradável, não é uma doença bonita, na verdade está muito longe disso.

Como eu tive depressão e as vezes tenho meus picos, eu queria mostrar que não é uma doença boba e ignorável mas que também não é um absurdo enorme. Eu encontrei em algumas coisas bem simples e de fácil acesso para ter como válvula de escape para não deixar que a depressão me dominasse foi a:
  • Música - que sempre foi uma paixão tornou-se um meio de esquecer as dores e a angústia mesmo que em curtos períodos de tempo;
  • Passeios e uma convivência mais forte com meu filho - foi o que mais me motivou e me aliviou, me deu ânimo e força para assim que percebesse que estava ficando triste já buscava mudar o humor;
  • Minhas idas à praia - quando eu já conseguia deixar a preguiça um pouco de lado e sair mais, fosse com amigos ou sozinho, e em meio a essas saídas eu lembrei o quanto a praia me fazia bem, o quanto me fascinava olhar o mar;
Não é fácil nem simples de lidar com a depressão, na verdade é muito difícil até hoje eu tenho meus momentos e nem sempre eu supero eles com destreza e sabedoria, as vezes me isolo e deixo aquela angústia e dor tornar-se presente, não por muito tempo mas deixo. Primeiro deve-se aceitar que tem problemas, aceitar que precisa de ajuda (independente de qual ajuda seja), e querer melhorar, querer mudar. Claro que as coisas simples e comuns que eu usei para me ajudar não irão funcionar/ajudar à todos, por isso estará abaixo um texto do Dr. Drauzio Varella muito bom e que ajudará a entender um pouco (assim como me ajudou muito) e mostrará também como buscar ajuda médica, tratamentos possíveis, como identificar a depressão.

Depressão é uma doença psiquiátrica, crônica e recorrente, que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite.
É importante distinguir a tristeza patológica daquela transitória provocada por acontecimentos difíceis e desagradáveis, mas que são inerentes à vida de todas as pessoas, como a morte de um ente querido, a perda de emprego, os desencontros amorosos, os desentendimentos familiares, as dificuldades econômicas, etc. Diante das adversidades, as pessoas sem a doença sofrem, ficam tristes, mas encontram uma forma de superá-las. Nos quadros de depressão, a tristeza não dá tréguas, mesmo que não haja uma causa aparente. O humor permanece deprimido praticamente o tempo todo, por dias e dias seguidos, e desaparece o interesse pelas atividades, que antes davam satisfação e prazer.
A depressão é uma doença incapacitante que atinge por volta de 350 milhões de pessoas no mundo. Os quadros variam de intensidade e duração e podem ser classificados em três diferentes graus: leves, moderados e graves.
Causas
Existem fatores genéticos envolvidos nos casos de depressão, doença que pode ser provocada por uma disfunção bioquímica do cérebro. Entretanto, nem todas as pessoas com predisposição genética reagem do mesmo modo diante de fatores que funcionam como gatilho para as crises: acontecimentos traumáticos na infância, estresse físico e psicológico, algumas doenças sistêmicas (ex: hipotireoidismo), consumo de drogas lícitas (ex: álcool) e ilícitas (ex: cocaína), certos tipos de medicamentos (ex: as anfetaminas).
Mulheres parecem ser mais vulneráveis aos estados depressivos em virtude da oscilação hormonal a que estão expostas principalmente no período fértil.
Sintomas
Além do estado deprimido (sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias) e da anedonia (interesse e prazer diminuídos para realizar a maioria das atividades) são sintomas da depressão:
1) alteração de peso (perda ou ganho de peso não intencional); 2) distúrbio de sono (insônia ou sonolência excessiva  praticamente diárias); 3) problemas psicomotores (agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias); 4) fadiga ou perda de energia constante; 5) culpa excessiva (sentimento permanente de culpa e inutilidade); 6) dificuldade de concentração (habilidade diminuída para pensar ou concentrar-se); 7) ideias suicidas (pensamentos recorrentes de suicídio ou morte); 8) baixa autoestima, 9) alteração da libido.
Muitas vezes, no início, os sinais da enfermidade podem não ser reconhecidos. No entanto, nunca devem ser desconsideradas possíveis referências a ideias suicidas ou de autodestruição.
Diagnóstico
O diagnóstico da depressão é clínico e toma como base os sintomas descritos e a história de vida do paciente. Além de espírito deprimido e da perda de interesse e prazer para realizar a maioria das atividades durante pelo menos duas semanas, a pessoa deve apresentar também de quatro a cinco dos sintomas supracitados.
Como o estado depressivo pode ser um sintoma secundário a várias doenças, sempre é importante estabelecer o diagnóstico diferencial.
Tratamento
Depressão é uma doença que exige acompanhamento médico sistemático. Quadros leves costumam responder bem ao tratamento psicoterápico. Nos outros mais graves e com reflexo negativo sobre a vida afetiva, familiar e profissional e em sociedade, a indicação é o uso de antidepressivos com o objetivo de tirar a pessoa da crise.
Existem vários grupos desses medicamentos que não causam dependência. Apesar do tempo que levam para produzir efeito (por volta de duas a quatro semanas) e das desvantagens de alguns efeitos colaterais que podem ocorrer, a prescrição deve ser mantida, às vezes, por toda a vida, para evitar recaídas. Há casos de depressão que exigem a associação de outras classes de medicamentos – os ansiolíticos e os antipsicóticos, por exemplo – para obter o efeito necessãrio.
Há evidências de que a atividade física associada aos tratamentos farmacológicos e psicoterápicos representa um recurso importante para reverter o quadro de depressão.
 Recomendações
  • Depressão é uma doença como qualquer outra. Não é sinal de loucura, nem de preguiça nem de irresponsabilidade. Se você anda desanimado, tristonho, e acha que a vida perdeu a graça, procure assistência médica. O diagnóstico precoce é o melhor caminho para colocar a vida nos eixos outra vez;
  • Depressão pode ocorrer em qualquer fase da vida: na infância, adolescência, maturidade e velhice. Os sintomas podem variar conforme o caso. Nas crianças, muitas vezes são erroneamente atribuídos a características da personalidade e nos idosos, ao desgaste próprio dos anos vividos;
  • A família dos portadores de depressão precisa manter-se informada sobre a doença, suas características, sintomas e riscos.  É importante que ela ofereça um ponto de referência para certos padrões, como a importância da alimentação equilibrada, da higiene pessoal e da necessidade e importância de interagir com outras pessoas. Afinal, trancafiar-se num quarto às escuras, sem fazer nada nem falar com ninguém,está longe de ser um bom caminho para superar a crise depressiva.


Fonte: http://drauziovarella.com.br/letras/d/depressao/


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